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sábado, 9 de outubro de 2010

Imaginemos uma conversa assim, entre Adão, Eva e Deus:

Justificação PrópriaA mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi [...] Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Gênesis 3:12, 13
Imaginemos uma conversa assim, entre Adão, Eva e Deus:

– Senhor, a culpa do que aconteceu não é minha, é dela. Eu não pedi nenhuma mulher para mim. O Senhor é que resolveu criá-la e dá-la para mim. Eu até estava dormindo, não vi nada. Quando acordei, ela já estava pronta. Nem percebi quando o Senhor tirou um pedaço da minha constela. Portanto, não havendo outra alternativa para mim, a única coisa que eu podia fazer era recebê-la como minha esposa. E veja, Senhor, no que deu!

Eva, por sua vez, se defendeu:

– Não é correta, Adão, sua acusação contra mim. Eu já lhe falei que a serpente me enganou, e eu comi do fruto. Que culpa tenho, se não fui eu que criei esse animal? – Em resumo, segundo Adão e Eva, a culpa só podia ser de Deus que criou a mulher e a serpente.

Não vamos recriminar Adão e Eva por esse procedimento porque eles são, perante Deus, a imagem de todos os pecadores que deles descenderiam, até aos nossos dias. Essa é a índole do coração humano desde então.

Diz Ellen G. White: "Adão não podia negar nem desculpar seu pecado; mas em vez de manifestar arrependimento, esforçou-se por lançar a culpa sobre a esposa, e assim no próprio Deus...

"Quando foi interrogado à mulher: ‘Por que fizeste isto?’ ela respondeu: ‘A serpente me enganou, e eu comi’. ‘Por que criaste a serpente? Por que lhe permitiste entrar no Éden’? – Tais eram as perguntas envolvidas em sua desculpa apresentada pelo pecado. Assim, como fizera Adão, lançou sobre Deus a responsabilidade de sua queda. O espírito de justificação própria originou-se com o pai da mentira; foi alimentado por nossos primeiros pais logo que se renderam à influência de Satanás, e tem sido apresentado por todos os filhos e filhas de Adão" (Patriarcas e Profetas, p. 57, 58).

Cuidemos para não sermos "Adões" e "Evas" dentro da igreja, não assumindo a responsabilidade dos nossos erros e pecados, procurando lançar sobre os outros a culpa de nossos deslizes. Deus é o mesmo em Seu amor e justiça. Ele não cessa de nos mostrar a maneira pela qual podemos recobrar Seu favor e entrar no Seu reino: reconhecer nossos pecados e culpas, confessá-los com humildade, pedir perdão e abandoná-los, sem rodeios e justificativas.

REFLEXÃO: "Achas que é justo dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?" (Jó 35:2).

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